quarta-feira, 10 de março de 2021

A VERDADEIRA ORIGEM HISTÓRICA DO "EXÉRCITO DE CAXIAS"

Qual a origem do Exército brasileiro? Ele nasce missionado para qual função? Poucos brasileiros sabem que o Exército brasileiro NÃO é o desdobramento do Exército de Portugal. A Maçonaria e a elite revolucionária criaramm, ipsis literis, uma "força armada" para atuar na política e, não na defesa nacional, defendendo os interesses de um grupo político específico.

"Quando um amplo movimento de base popular forçou a abdicação de D. Pedro I em 7 de Abril de 1831, o Exército de então, reconhecido como uma força portuguesa que lhe era fiel, foi inteiramente desmobilizado. Os liberais que assumiram a Regência do Império, assombrados pela ideia de um possível retorno do primeiro imperador, quase extinguiram a instituição: de 28 mil homens em armas, o Exército passou a contar com apenas 9 mil homens. Em contrapartida, os liberais criaram a Guarda Nacional, uma guarda civil, de proprietários armados. Fizeram essa reforma com o apoio de vários generais. Militares de tradição liberal, como a família Lima e Silva (do futuro duque de Caxias), que na luta contra D. Pedro I – então considerado um tirano estrangeiro – assumiu a direção da Regência e os principais cargos militares do Império.
Se o Exército de D. Pedro I foi desmobilizado em 1831, cabe perguntar como e por que forças políticas o Exército – agora, sim, brasileiro – foi (re)organizado."
Um emergente grupo político revolucionário autointitulado REGRESSO CONSERVADOR se encarregou de concretizar esse projeto.
O Regresso Conservador aconteceu entre fins do período Regencial e o começo do segundo Reinado, quando aquilo que no Brasil se chama "conservadores" passaram a dar o tom na trama política
imperial. Basicamente, o programa dos "conservadores" consistia em reforçar a autoridade monárquica e restabelecer a CENTRALIZAÇÃO político-administrativa iniciada por D. Pedro I e José Bonifácio. A elite carioca do Vale do Café teve papel preponderante nesse projeto.
Resumindo, o "Exército de Caxias" é o braço armado de uma elite política-empresarial criado para defender os interesses desta elite CONTRA o Brasil.
Com o passar do tempo, as criaturas de fardas foram emplacando seu próprio projeto de subjugar a elite que o criou e comanda. Ainda não conseguiram na totalidade, mas estão umbilicalmente mancomunados à ela, aplicando golpes de Estado contínuos. No século XX este projeto foi consolidado pelo gen. Goés Monteiro dentro da Doutrina de Segurança Nacional onde as Forças Armadas auto-arvoram-se definitivamente ao direito de imiscuir-se na política partidária nacional. Desde 1822, o Estado do Brasil é o butim de uma disputa entre essas facções mafiosas. Os sucessivos golpes de Estado sofridos pelo Brasil resultam precisamente das disputas internas entre estas facções, levando ora uma ora outra ao poder, sempre atuando na concretização de objetivos próprios pouco se importanto com o Brasil de fato.
De 1822 até o presente, o Brasil já teve 7 Constituições Federais. São 7 golpes de Estado a cada 30 anos aproximadamente. NÃO existe golpe de Estado sem apoio militar. O último, sem mudar a Constituição, foi a deposição de Dilma Rousseff, admitido pelo próprio ex-general Villas Boas no seu recente livro biográfico, obra vergonhosa e aviltante.
Ao longo de quase 200 anos dirigindo/apoiando golpes de Estado dentro do Brasil os militares aprenderam que podem aplicar golpes sem mudar a Constituição, usando meramente dinheiro público para comprar políticos, juízes e empresários. É o presente caso do Brasil atual.
O miliciano dos generais está ai como testemunha histórica dessa nova modalidade de "tomada do poder".
O "Exército de Caxias" é uma facção à serviço de interesses privados CONTRA o Brasil, desde 1822.

Loryel Rocha


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